segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Museu do Seringal Vila Paraíso


Foi feito para servir como cenário do filme "A Selva", dirigido por Leonel Vieira. Após o fim das filmagens se tornou um museu, no qual mostra como era a vida tanto dos seringueiros quanto dos Barões, nos fazendo perceber o contraste de suas vidas.



Extração do Látex


Os índios centro-americanos foram os primeiros a descobrir e usufruir das propriedades da borracha natural, embora o desenvolvimento da atividade de extração da borracha tenha ocorrido na floresta amazônica. A mão-de-obra para este trabalho era proveniente da contratação de imigrantes, sendo a maioria nordestina.
Foram adotadas técnicas indígenas pelos seringueiros, transformando a seiva retirada em uma goma utilizada na fabricação de borracha. Esses trabalhadores faziam cortes nas seringueiras espalhadas pela floresta, colocando tigelas para coletar o leite que viria a escorrer. Após esse trabalho que levava cerca de cinco horas, todo o percurso era feito novamente para recolher o látex recolhido pelas tigelas.

Armazenamento da borracha


Ao final dos processos, a borracha adquirida era guardada no barracão de armazenamento.

Defumação da borracha


O processo de defumação consistia no aquecimento da borracha, fazendo-a coagular formando uma pele endurecida. Durante isso os seringueiros poderiam adquirir tuberculose, malária, febre amarela ou ficar cegos e acabavam morrendo por não ter cura.


Capela da Nossa Senhora da Conceição


O coronel contratava um padre "falso", que era seu amigo, para que os seringueiros fossem se confessar. Na maioria das vezes, acabavam contando sobre as fugas. Com isso, o padre ‘falso’ contava para o coronel e ele mandava prender, matar (quando eram muito velhos) ou castigava (quando eles eram fortes e ainda poderiam trabalhar para gerar lucros) os seringueiros que iriam fugir. As fugas eram praticamente impossíveis de acontecer, e quando eram realizados, eles morriam porque ao redor do seringal era apenas floresta e havia vários riscos para sobreviver, também encontravam tribos que se sentiam ameaçados e matavam os seringueiros.


Cemitério



Os cemitérios dos seringueiros eram no geral desorganizados e apenas para que não fossem mortos em vão. Quando um seringueiro enterrava outro, ele ficava com todos os pertences do falecido. No dia dos finados eles acediam uma vela e faziam uma oração para dar luz àquelas almas.





Para aqueles que tinham corpos desaparecidos era colocados apenas a cruz mestre. 

Barracão de Aviamento


O barracão de aviamento era onde os seringueiros pegavam instrumentos que necessitavam para a extração da borracha e a trocavam por comida e utensílios pessoais. As dividas eram os pesadelos dos seringueiros, geralmente, eram feitas porque a borracha extraída nunca era suficiente para pagar o que já deviam.

 Eles precisavam produzir pelo menos cinquenta quilos de borracha por semana para trocar por comida e instrumentos de trabalho, porém era difícil. Além da dificuldade de produzir os vários quilos de borracha, as balanças costumavam roubar dez quilos do total.

Casa do Barão


A sala de jantar possuía diversos adornos europeus. Entre eles louças feitas de cristais franceses e italianos. Pelo fato do Barão ser devoto da Santa Nossa Senhora da Conceição, também possuía um altar como demonstração de sua fé.


 Além das paredes, que eram pintadas por famosos artistas trazidos da Europa. A sala de estar possuía o relógio suíço, e um piano, que a filha do barão costumava tocar. No andar superior possuía apenas o quarto do Barão, onde ele poderia ter uma visão privilegiada de todo o seringal.




Relógio

O relógio possui um algarismo romano diferente do que é usado tradicionalmente, o que é uma característica dos que são fabricados na Suíça.  

  

Baú


Vinha do exterior com as roupas do Barão e de sua família, pois era lavado fora daqui. Isso era feito porque a água do rio Negro é ácida demais, então tingia as roupas de amarela. Era uma espécie do que hoje chamamos de cesto de roupa suja.



Casa de Banho


No filme "A Selva" conta como Dona Iaiá, filha do Barão, costumava se banhar sempre acompanhada das mucamas. Então o português vinha espioná-la dos buracos. Ela sabendo disso no outro dia veio sozinha e os dois tiveram um romance. 

A água do seu banho vinha da cidade e as roupas eram levadas para a Europa para serem lavadas, o que demorava uns 3 meses para voltar ao seringal. Os navios que vinham levar a borracha, já aproveitavam e levavam a roupa suja.


Casa do Capataz


O capataz era o seringueiro mais próximo do Barão. Sua casa era considerada de luxo, pois possuía teto alto, arma e armário de forma como pandeiro para poder visualizar se havia algum animal.



Tapiri dos Seringueiros



Era o local onde eles moravam e ao mesmo tempo trabalhavam no processo de defumação da borracha.

Casa de Farinha



Neste local trabalhavam aqueles seringueiros considerados burros, os quais eram chamados de seringueiros xucros. Isso ocorria devido a não adaptação ao trabalho na selva. O processo de fabricação da farinha consiste em cinco etapas:




1° etapaAs mandiocas eram colocadas no catitu aonde eram raladas e colocadas em sacos de estopa, feitos de juta.

2° etapa: o saco com a massa é colocado dentro da prensa e é amassado, para poder sair o caldo que eram o tucupi e a goma.

3° etapa: o tipiti era usado para secar a mandioca. Muitas vezes deixavam as crianças brincando, ao mesmo tempo em que faziam o serviço.


4° etapa: a massa seca era colocada na peneira, até ficar bem fina.


5° etapa: a massa era levada ao fogo. Depois que a farinha já estava pronta era vendida no comercio para compensar as dividas. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Museu do Seringal - Amazonas

  Venha Conhecer o Museu do Seringal no Amazonas.
O Museu do Seringal Vila Paraíso é um expressivo projeto cultural e turístico do Governo do Estado do Amazonas.



Localizado em área rural, na boca do Igarapé São João, afluente do Igarapé do Tarumã-Mirim, margem esquerda do Rio Negro.

Venha conhecer as histórias do Seringal no Amazonas !!!

La Salle
Equipe
     
       André Fernandes
       Emilly Leite
       Gabriella Cavalcante
       Mikaella Mourão
       Myllena Bastos
       Pedro Vitor
       Susy Harjani

Turma : 212